A Embraer foi condenada por práticas de discriminação racial e de gênero contra uma trabalhadora. A decisão é da Justiça do Trabalho de São José dos Campos/SP.
A profissional trabalhava na Embraer desde 2018 e relatou ter sofrido assédio moral, racismo e discriminação de gênero dentro da fábrica. Ela denunciou ter recebido comentários racistas sobre seu cabelo e aparência, exclusão na participação de projetos e tratamento desrespeitoso. Pouco depois de formalizar as denúncias em canal interno da empresa, foi demitida.
Na decisão, a Justiça reconheceu que a Embraer mantinha um ambiente de trabalho tóxico, marcado por discriminação e práticas abusivas. Além disso, citou a existência de doença ocupacional leve, em razão de sofrimento psicológico.
Ficou determinado que a empresa deverá:
- Reintegrar a trabalhadora ao cargo, com todas as condições anteriores à demissão;
- Pagar salários, férias e 13º retroativos a julho de 2024;
- Indenizar a funcionária em R$ 81.411,76 por danos morais;
- Arcar com todos os custos advocatícios (10%) e periciais (R$ 4.250,00);
- Recolher os depósitos de FGTS de todo o período.
Ainda cabe recurso.
Fonte: SINDMETALSJC
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