O Santander pagará US$ 900 mil (cerca de R$ 4,6 milhões) a uma ex-vice-presidente que acusou o banco de reduzir sua bonificação, de tirar-lhe contas de clientes e de rescindir seu emprego porque ela estava grávida. A autora, demitida em novembro de 2020, processou o banco no início de 2021, argumentando ter sido vítima de discriminação.
A reclamante acusou o banco Santander de tê-la discriminado sexualmente e a demitido enquanto estava grávida. Assim, a ex-funcionária pediu uma indenização milionária.
Na denúncia, além de acusar a instituição financeira de tê-la demitido pela gestação, a executiva alegou que o Santander reduziu a sua bonificação e a quantidade de clientes que ficavam sob seu controle. Em 2019, o banco concordou em deixar a profissional exercer a função em home office, levando em consideração o alto risco da gravidez.
Apesar de concordar com o pedido da trabalhadora, o banco voltou atrás e exigiu que a funcionária voltasse a exercer o ofício no escritório. Do contrário, seria demitida, segundo a denúncia.
A ameaça na primeira gravidez, de acordo com o processo, foi cumprida em 2020, quando a executiva também passava por uma gestação de risco e solicitou para o banco uma flexibilização para que ela trabalhasse em casa. Após o pedido, a bancária, que estava grávida de três meses e meio, foi demitida e, por isso, em 2021, processou o banco e o seu supervisor.
Fonte: Valor Econômico e Sindicato dos Bancários de Tubarão
Imagem: Image by wavebreakmedia_micro on Freepik