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Porto Alegre: as lições deixadas pela gripe espanhola para lidar com o Cornonavírus

12 de Mar, 2020 AVM Advogados

No final de 1918, Porto Alegre parou em decorrência da epidemia mundial de gripe espanhola, a mais letal do século 20. Conforme o retrato detalhado da época, brilhantemente descrito na reportagem “Porto Alegre com gripe espanhola: ruas vazias, enterros sem velório e canja de galinha”, redigida por Maurício Brum e publicada na revista digital Parêntese, locais públicos passaram a ter a circulação restrita, restaurantes, cassinos e cinemas fecharam temporariamente as portas e, até mesmo, os velórios deixaram de ser realizados pelo medo da contaminação. As escolas tiveram as aulas suspensas e foram transformadas em hospitais improvisados.

A capital, então, contava com uma população de 190 mil habitantes e a estimativa é que pelo menos 70 mil pessoas tenham caído enfermas. Oficialmente, foram registradas 1.316 mortes, porém autoridades e historiadores consideram que este número foi subestimado.

A cidade foi dividida em 25 partes, cada uma com um médico responsável, auxiliado por alunos de medicina. Sem postos de saúde e com a atenção centralizada em hospitais superlotados, os médicos iam de casa em casa, oferecendo atendimento primário e atenção continuada. Um inspetor do governo também fazia visitas diárias e estes quarterões sanitários, recolhendo os pedidos de medicamentos e alimentos.

As precauções para evitar o contágio foram, possivelmente, mais efetivas que os tratamentos receitados: quinina, canja de galinha e limão. A fim de evitar abusos, o Estado passou a taxar e tabelar o preço do limão e da galinha, que estavam sendo vendidos a valores exorbitantes e, nas farmácias, os medicamentos só eram distribuídos a quem morava em Porto Alegre.

Assim, após três meses, os porto-alegrenses já podiam sair às ruas novamente, pois passado o impacto inicial da nova virose, a população desenvolveu uma resistência natural à gripe espanhola.

A reportagem destaca que o episódio deixou aprendizados para a cidade, principalmente nos hábitos, como lavar as mãos e usar lenço ao espirrar, e na organização do espaço público, com a descentralização. Os quarteirões sanitários implementados à época são a primeira versão do conceito que, posteriormente, levaria aos postos de saúde dos bairros.

A história nos mostra que a epidemia de gripe espanhola ajudou a desenvolver estratégias para lidar com crises como a que enfrentamos agora, do coronavírus, na busca por evitar o contágio e a disseminação da doença.

Sempre preocupado com a saúde e o bem-estar de todos, nosso escritório está mobilizado na conscientização da sociedade quanto as medidas para prevenção da doença. Confira a seguir alguns cuidados simples, indicados pela Organização Mundial da Saúde, que podem proteger a sua saúde e evitar a contaminação pelo Coronavírus:

Clique aqui para ler na íntegra a matéria “Porto Alegre com gripe espanhola: ruas vazias, enterros sem velório e canja de galinha”.

Fonte: Revista Parêntese, Organização Mundial da Saúde, G1 e AVM Advogados