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Descomissionamentos no Banrisul levam Sindicato a recorrer a CCDH da Assembleia

25 de abr, 2018 Direitos dos Bancários

Uma situação de assédio explícito, que vem prejudicando ainda mais as relações dos funcionários com a direção do Banrisul, foi denunciada na manhã desta quarta-feira, 25/04, pelo SindBancários na Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Assembleia Legislativa (CCDH). “Fomos levar aos deputados a situação de verdadeira perseguição que o banco está fazendo sobre colegas que têm ações judiciais contra o Banrisul, e pedir a intercessão dos parlamentares para que cesse esta prática”, disse o secretário-geral do Sindicato, Luciano Fetzner.

Juntamente com o também diretor sindical Luiz Carlos Cassemiro e o advogado do Sindicato, Antônio Vicente Martins, Fetzner relatou aos deputados Jeferson Fernandes (PT), Manoela D’Avila (PCdoB) e Pedro Ruas (Psol) o que o banco vem fazendo, com transferência injustificada de funcionários e o descomissionamento arbitrário dos trabalhadores tudo em decorrência de ações judiciais que foram ajuizadas pelos trabalhadores.

Postura não-republicana

Antônio Vicente Martins, advogado do Sindicato, sócio do escritório AVM Advogados, e também conselheiro da Associação Gaúcha de Advogados Trabalhistas, denunciou a postura não-republicana do Banrisul para impedir o acesso de seus funcionários ao Poder Judiciário. “Há, inclusive, uma sentença judicial em Ação Civil Pública movida pelo Ministério Público do Trabalho e que proibe esta conduta de perseguição do Banco, com a condenação do banco por danos morais coletivos."

A assessoria jurídica do Sindbancarios, através do Dr. Antônio Vicente Martins, fez o acompanhamento deste julgamento que ocorreu no processo 0021215-32.2015.5.04.0014, junto ao Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região. Além disso, noticiou junto à Vara do Trabalho o descumprimento da tutela antecipada que foi concedida no mesmo processo.

No entendimento do Dr. Vicente Martins, o Banco está criando um novo passivo trabalhista. Ele lembrou casos em que o descomissionamento arbitrário trouxe problemas graves de desestrutura na vida dos bancários que não estão conseguindo efetuar os pagamentos de financiamementos da própria casa.

Direção do banco, OAB e MP

Ao final do encontro, os membros da Comissão de Cidadania e Direitos Humanos acordaram em solicitar uma intervenção da OAB, do Ministério Público e ainda fazer o chamamento da direção do banco para explicar aos parlamentares os acontecimentos.

Fonte e Crédito da Foto: Sindicato dos Bancários de Porto Alegre e Região