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Bancários do Sicredi aprovam acordo que institui o ponto eletrônico e flexibiliza o intervalo de jornada

19 de dez, 2019 Direitos dos Bancários

Em assembleia realizada na sede do SindBancários de Porto Alegre e Região, com boa participação e de forma unânime, bancários(as) foram favoráveis ao Acordo Coletivo de Trabalho que institui o ponto eletrônico e flexibiliza o intervalo.

A partir de 1º de janeiro de 2020, o Sicredi passa a controlar formalmente o ponto eletrônico e a instituir flexibilidade no intervalo que, desde a reforma Trabalhista de 2017 pode ser de 30 minutos para quem tem jornada de oito horas.

Os funcionários que quiserem flexibilizar seu intervalo devem procurar o setor de Recursos Humanos do banco e assinar um termo em que concorda com o intervalo de meia-hora para poder chegar meia hora mais tarde ou sair meia-hora mais cedo. Mas atenção: a meia-hora deve ser compensada no mesmo dia.

Entretanto, o assessor jurídico do SindBancários e sócio do escritório AVM Advogados, Marcelo Scherer, explicou que o Sindicato procura esclarecer que o intervalo de uma hora para quem tem jornada de oito horas tem impacto sobre a saúde. “Há estudos que mostram que o trabalhador precisa de uma hora de descanso numa jornada de oito horas para fazer a desconexão com o ambiente de trabalho. Ao longo do tempo, o descanso de uma hora tem impacto positivo sobre a saúde”, alertou Marcelo.

O presidente do SindBancários, Everton Gimenis, falou de outro assunto que aflige os bancários do Sicredi: a MP 905. Aquela que os sindicalistas chamam de aprofundamento da reforma Trabalhista de 2017 cria a Carteira Verde-Amarela para jovens de 18 a 29 anos que recebem até R$ 1.500 e desonera os empresários que reduzem pagamento, por exemplo, do desconto de INSS.

“A MP 905 aprofunda os ataques que a reforma Trabalhista já fez nos nossos direitos. No caso de nós, bancários, ela acaba com a jornada de seis horas, libera o trabalho aos sábados e acaba com a remuneração de 100% dos domingos de todos os trabalhadores. Trata-se de uma decisão de um governo ultraliberal do Bolsonaro e que mostra que veio só para retirar direitos e renda dos trabalhadores para dar aos patrões”, explicou Gimenis.

Fonte: SindBancários de Porto Alegre e Região