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Advogada do escritório AVM Advogados participa de debate sobre o papel da mulher no mercado de trabalho em programa de TV

11 de Mar, 2019 AVM Advogados

Na última sexta-feira, 08 de março, a Dra. Gabriela Armani, advogada associada do escritório AVM Advogados, participou do programa Cruzando as Conversas, da RDC TV, que debateu o papel da mulher no mercado de trabalho, marcando as celebrações pelo Dia Internacional da Mulher.

Apresentado pelo jornalista Ricardo Azeredo, o programa contou ainda com as presenças da Dra. Luciane Toss, advogada, professora de Direito do Trabalho e integrante da ABRAT, de Bia Kern, presidente da ONG Mulher em Construção, e da estudante de administração e psicologia, Camila Souza, que atua na área de orientação de carreiras.

Na mesa redonda, foram abordados diversos temas envolvendo a participação feminina no mercado de trabalho, com destaque para as principais barreiras e dificuldades enfrentadas pelas mulheres para alcançarem mais postos de gestão e liderança, bem como conquistarem uma equiparação salarial com os homens.

A Dra. Gabriela Armani salientou que o assédio moral é uma questão recorrente com a qual as mulheres lidam no ambiente de trabalho. Ela afirmou que isso ocorre tanto porque a mulher é muito dócil, quanto quando se coloca de uma forma mais incisiva, em posições de chefia, fazendo com esse comportamento seja repreendido, sob o argumento de que ela está se colocando de uma maneira inadequada.

Conforme dados apresentados pela Dra. Luciane Toss, as mulheres são a maior parte da mão de obra com formação superior, porém, em funções de decisão, chegam a receber 16% menos do que os homens no mesmo cargo, sendo que nos postos de chefia esta diferença varia de 27 a 38%.

A falta de políticas públicas também foi uma das questões analisadas, como a necessidade do direito à creches e a criação de uma renda mínima a mulheres que trabalham em suas próprias casas. Segundo as participantes, esse apoio é necessário para a abertura de caminhos, visando a independência feminina, o reconhecimento de sua força de trabalho e a remuneração adequada, a fim de assegurar uma condição digna dentro da sociedade.

Outro ponto destacado pela Dra. Gabriela foi a possibilidade de criação de mecanismos de regulação das empresas pelo Estado, sob a perspectiva de gênero. “Uma empresa que tem um nível maior de desigualdade, poderia ter uma multa aplicada, um menor acesso a alguns benefícios do Estado”, propõe a advogada. Assim, se retiraria da mulher uma carga que a obrigada a se posicionar para poder ocupar determinadas posições, atribuindo à empresa o seu papel social de promover internamente uma maior participação feminina, pois, como ressaltado pela advogada, “para a mulher é uma carga de deslegitimação constante”.

Uma avaliação geral de todas as participantes é o de que, na ressignificação constante que a mulher vem fazendo sobre o seu papel, ainda há muito o que ser falado. Nesse sentido, o empoderamento feminino é imprescindível para expandir e naturalizar essas conversas, a fim de entender que a mulher pode estar inserida em qualquer lugar que for de seu interesse. Esse empoderamento se firma quando a mulher realmente entende quem ela é, o poder que ela tem, o poder dela na sociedade.

Clique aqui para assistir ao programa na íntegra.

Fonte: AVM Advogados e Cruzando as Conversas